S11D: Vale começará a operar complexo em janeiro
A Vale inaugurou, no sábado (17), em Canaã dos Carajás, as operações do complexo S11D Eliezer Batista. É o maior projeto de mineração da história da empresa e da indústria da mineração. A mina e a usina de minério de ferro devem entrar em operação comercial já no início do próximo ano. É o maior investimento privado realizado no Brasil nos últimos 10 anos e deve impactar positivamente as exportações brasileiras, já que a previsão é de produzir 90 milhões de toneladas por ano.
Presidente da Vale, Murilo Ferreira apertou o botão que deu um início simbólico à operação, que deve iniciar no próximo mês. Ele homenageou Eliezer Batista, ex-presidente da empresa -, que dá nome ao complexo-, e destacou a importância dos investimentos no País nesse momento de crise. “Este complexo é muito mais do que um mero marco para a mineração. É um exemplo da capacidade de implementação da Vale”, destacou. “Nós construímos um projeto com tecnologia de ponta, baixo custo e alta capacidade de produção”.
Para José Fernando Gomes Júnior, presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), o empreendimento é motivo de muito orgulho para o setor mineral. “É um momento histórico para o Estado e o País. Temos a melhor tecnologia investida aqui, além de produzirmos um mineral com alto teor de qualidade e preço competitivo”, destacou.
O presidente da República Michel Temer e o ministro da Integração Nacional Helder Barbalho não puderam comparecer devido
ao mau tempo no Pará. Outra ausência foi a do governador Simão Jatene. Ele atribuiu à chuva o não-comparecimento. O ministro de Minas e Energia Fernando Coelho Filho, que representou Temer, disse que o empreendimento deve servir como exemplo para empreendedores. “Precisamos da ajuda de quem quer ajudar o Brasil a crescer e a Vale é um exemplo disso”.
O Complexo
– O complexo S11D Eliezer Batista inclui a instalação de uma mina de produção de ferro e de uma usina de beneficiamento do minério, com 3 linhas de produção – cada uma com capacidade de processamento de 30 milhões de toneladas/ano.
– O minério será levado da mina até a usina, por meio de um Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), por um sistema chamado truckless, onde o mineral é transportado por correias fixadas em longas pontes e torres de ferros.
– Este sistema substitui o transporte por caminhões, que exigiria 100 veículos para levar a mesma quantidade do produto, evitando a contaminação do ar por uso de combustível. O processo também aproveita a umidade da própria pilha de minério, o que gera uma economia de 80% de água em todas as etapas do beneficiamento. (Com informações DOL)