Em 2017, Parauapebas já registrou 87 casos de Leishmaniose em humanos
Existem dois tipos de leishmaniose: a visceral (LV), conhecida como calazar, e a leishmaniose tegumentar (LT). Ambas são consideradas doenças infecciosas e são transmitidas por flebotomíneos infectados de espécies distintas. A visceral é caracterizada, principalmente, por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, além de perda de peso acentuada. Já a tegumentar provoca úlceras na pele e mucosas.
Apenas em 2017, 87 casos já foram registrados em humanos no município de Parauapebas, sendo 82 pessoas infectadas com Leishmaniose Tegumentar e 5 pessoas infectadas com Leishmaniose Visceral.
Transmissão
A transmissão da doença ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito-palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas. O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasita a pessoas e animais sadios.
Animais infectados em Parauapebas
Não se sabe o numero exato e nem a proporção de animais contaminados em Parauapebas, sendo que o município não possui de um Centro de Zoonoses para o combate e prevenção da doença.
Somente na clinica veterinária 4 patas, localizada na Cidade Nova já foram registrados mais de 32 casos em cachorros de diversos bairros do município, dentre eles os bairros Cidade Jardim, Palmares Sul, Residencial Martine, Parque dos Carajás, Rio Verde, Residencial Bambuí e outros.
Dificuldades para identificar a doença
Além da Secretaria de Saúde não realiza o exame de identificação da doença, apenas recolhe a amostra e envia a Belém para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) e só assim retorna ao município de Parauapebas o resultado do exame, atrasando ainda mais o tratamento dos pacientes que já estejam infectados.
Nos animais a situação é ainda mais critica, pois não há nenhum convenio do poder publico municipal com clinicas veterinárias, sendo necessário a realização de exame particular, que custa em media R$100,00.
ONGs
Em um trabalho brilhante de voluntarismo e sem apoio do poder publico, a AAPAMA – Associação dos Amigos e Protetores dos Animais e do Meio Ambiente luta diariamente na luta contra essas doenças e pela proteção dos animais.
Secretaria de Saúde de Parauapebas
De acordo com a Secretaria de Saúde de Parauapebas, desde o primeiro caso suspeito, os Agentes de Combates as Endemias (ACE) realizam as orientações durante as visitas domiciliares e bloqueio com borrifação, análise clínica dos cães da localidade e coleta de sangue dos cães suspeitos.
As medidas preventivas repassadas à população são:
– Evitar a criação de porcos e galinhas, uma vez que chiqueiros e galinhas atraem o mosquito transmissor da doença (o mosquito se alimenta de sangue de galinha).
– Proteger a casa do cachorro com telas finas ou colocá-los para dormir dentro de casa.
– Manter o quintal sempre limpo, sem acúmulo de matéria orgânica e lixo.
– Não se expor nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite).
– Usar tela fina nas janelas.
– Usar repelentes.