Parauapebas: Acusados de matar delegado André Albuquerque são condenados pelo júri
Após julgamento de 10 horas, os três acusados pela morte de André Albuquerque, delegado da Polícia Civil de Parauapebas, foram condenados na noite de quinta-feira (19), em júri popular, pela 3ª Vara Penal de Parauapebas.
Acusados por homicídio qualificado e formação de quadrilha, João Bispo Sousa foi condenado a 20 anos de reclusão e Ronivon Moura Eleutério a 17 anos e seis meses de reclusão. Vailton Pereira Evangelista foi absolvido pelo crime de homicídio qualificado, mas foi apenado a 2 anos de regime, inicialmente, aberto por formação de quadrilha.
A decisão do juiz Líbio Moura não agradou completamente amigos e familiares do delegado morto, mas a promotoria pretende entrar com recurso para revisão de pena sobre Vailton Pereira Evangelista, para enquadrá-lo no homicídio qualificado. “Parece que pelo cansaço e extensão do julgamento, neste ponto houve um equivoco, mas a gente vai interpor o recurso e vamos aguardar a decisão do tribunal”, disse Fabiano Fernandes, promotor de justiça.
De acordo com José Ericson Rodrigues, defensor público, a decisão dos jurados foi consciente e não saiu da matéria exposta no tribunal. “Os jurados, de forma soberana, deram a sua decisão sobre o que entenderam e o que ouviram no presente processo”, afirmou o defensor público.
André Albuquerque era um delegado atuante, em Parauapebas. Foi ele o primeiro a conduzir o caso Ana Karina, a jovem grávida de nove meses que foi assassinada e teve o corpo esquartejado e jogado no Rio Itacaiúnas, em maio de 2010. Durante as buscas do corpo da jovem, ele fazia questão de acompanhar.
Em outubro de 2010, quando realizada uma ação policial em um bairro afastado do centro de Parauapebas, André Albuquerque, que era diretor da 20ª Seccional da Polícia Civil, foi morto a tiros por bandidos. Na época, quatro pessoas foram acusas por assassinato, uma está foragida e três foram presas.