Parauapebas: Desempregados protestam em frente ao SINE
Justino Neto conta que está desempregado há 18 meses. Ele diz que a revolta é contra as empresas que chegam ao Município e não contratam pessoas que aqui moram. “Nossos representantes parecem não fazer nenhum esforço para que os cadastrados no SINE sejam contratados. Porém as empresas estão fichando ‘por baixo do pano’ pessoas de outros municípios e Estados”, desabafa o desempregado.
Em situação semelhante estão milhares de pessoas que moram em Parauapebas, muitas delas desempregas há vários meses; período em que vinha depositando suas esperanças no SINE (Sistema Nacional de Emprego). Porém contando como apoio de vários sindicatos decidiram se manifestar na manhã de hoje, sexta-feira, 26. O ato se deu com a interdição da Rua 11, esquina com a Rua E, frente ao SINE.
Charles Trocate, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) esteve presente na manifestação e explicou que apoia o movimento. Ele falou que de fato o país atravessa uma grande crise econômica. “Isso recai sobre os trabalhadores tirando seus direitos das mais variadas formas: perda de direitos trabalhistas, de oportunidade de trabalho e sobretudo gera muito desemprego”, explicou Trocate, detalhando ser preciso encontrar uma alternativa organizada ou se ofereça emprego para estes trabalhadores tende a virar um caos.
Como solução o líder do MST dá com opção chamar os responsáveis pela crise, desde o grande capital que se instalou aqui através de suas empresas, em especial a Vale e suas derivadas, além das administrações municipais da região e consequentemente os donos deste modelo econômico.
Trocate confirmou ainda o apoio aos trabalhadores desempregados na manifestação que ocorrerá na quarta-feira, 3, na Praça de Eventos, de onde sairá encaminhamentos podendo, inclusive, se decidir fechar a portaria da FLONACA (Floresta Nacional de Carajás), acesso à mina de Carajás, explorada pela Vale.
O coordenador do SINE, João Batista Viana, garante que esforço estão sendo feitos para resolver o problema.
Pablo Oliveira – Da redação