Seis vereadores de Curionópolis requereram nesta quarta-feira (4) a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara Municipal, com objetivo de apurar irregularidades no uso de máquinas e contratações ilegais de máquinas e veículos por parte da gestão municipal, que tem a frente o prefeito Adonei Aguiar. Há denúncias de que o prefeito tenha feito os contratos em face de pessoas físicas ou jurídicas sem processo legal, no caso a licitação.
Os edis decidiram requerer a CPI após diversas divulgações, em redes sociais como Facebook e Whatsapp, de pessoas afirmando terem crédito por parte de contratação realizada pela gestão municipal.
“Está se tornando rotina ver vídeos de pessoas cobrando a prefeitura de Curionópolis pagamentos não realizados, ao ponto de uma pessoa ter armado um acampamento, com sua família, ‘cozinhando no pátio da prefeitura’, afirmando que não sairia dali sem receber pelo trabalho prestado”, diz a justificativa do requerimento.
O Portal, inclusive, divulgou a história do empresário acampado, Francisco José, cansado de tentar negociar com a Prefeitura de Curionópolis uma dívida de quase R$ 100 mil que se arrasta desde 2017.
Outro fato lembrado pelos vereadores é o caso de Cássio Transmarques que gravou vídeo (abaixo) fechando a garagem da Prefeitura Municipal após ter tido máquinas contratadas e cujo alugueis não foram pagos. O empresário afirma, inclusive, ter locado o maquinário após ter sido procurado pelo próprio prefeito, Adonei Aguiar, e sem se submeter ao processo licitatório obrigatório.
Em decorrência destes fatos, o vereador Ítalo Duarte chegou a encaminhar requerimento à gestão municipal realizando questionamentos, mas recebeu como resposta o silêncio, sob a justificativa de que o requerimento continha “vício material”, porém sem ser apresentada fundamentação.
O prazo para conclusão dos trabalhos da CPI deverá ser de 60 dias, caso aceita em votação pelo Plenário da Câmara. Assinaram o documento os vereadores Paulo Higíno da Silva ( 1º Secretário), Osmazir Ferreira da Silva (2º secretário), Ítalo Duarte, Edimar Pereira da Silva, Gildasio Mendes Borges e Magno Araujo Santos. (Correio de Carajás)