Vale quer captar US$ 5,5 Bi com desinvestimentos em 2016
A Vale pretende realizar desinvestimentos no ano que vem que podem gerar recursos de US$ 4 bilhões a US$ 5,5 bilhões. As iniciativas envolvem as divisões de carvão, fertilizantes, vendas de navios, ativos de energia e participação na Mineração Rio do Norte (MRN). Os números foram apresentados hoje (1), em Nova York, em evento com investidores.
A iniciativa de desinvestimento com maior impacto no caixa da Vale será na joint venture de carvão, com o objetivo de melhorar o “balanço patrimonial e redução da exposição ao risco do projeto”. A mineradora tem ativos de carvão na Austrália e em Moçambique e participações em duas joint ventures na China.
O segundo desinvestimento com maior impacto no caixa da companhia é na joint venture de fertilizantes, que será feito visando “destravamento de valor e melhora no balanço patrimonial”, disse a Vale na apresentação. Os ativos de fertilizantes da mineradora se concentram em Taquari Vassouras, em Sergipe, na mina Bayovar, no Peru; além de projetos no Canadá e em Moçambique.
A mineradora também planeja para 2016 a venda de 11 navios de grande porte para transporte de minério da categoria VLOC (very large ore carrier), com o objetivo de “melhorar no balanço patrimonial, em paralelo à garantia de contratos de frete de longo prazo e baixo custo”.
Os desinvestimentos da Vale para 2016 incluem ainda a venda de participação na MRN e de ativos de energia, para “foco nos principais negócios”. Em 9 de outubro, a Vale assinou um protocolo de intenções com a Norsk Hydro para vender 40% de participação na mineradora de bauxita.
Em 2015, a Vale captou um total de US$ 3 bilhões com desinvestimentos por meio da venda de participação em Belo Monte, de 8 VLOCs, streaming de ouro e ações preferenciais da Minerações Brasileiras Reunidas (MBR). O objetivo em 2014 era levantar US$ 6 bilhões com desinvestimentos.