Tucuruí não consegue curso de medicina
Os ministérios da Educação e da Saúde anunciaram, ontem, a abertura de 2.290 vagas distribuídas em 36 novos cursos de medicina de instituições privadas, em municípios com mais de 70 mil habitantes, que ainda não contam com essa disciplina na grade de cursos superiores.
Tucuruí, único município paraense selecionado no edital publicado no ano passado, ficou de fora. Faltaram “critérios de qualidade”, segundo o MEC, sem especificar quais seriam esses critérios.
O DIÁRIO pediu informações detalhadas sobre os critérios que desclassificaram as instituições de ensino de Tucuruí que se habilitaram ao edital.
A assessoria do MEC, entretanto, informou que somente na próxima semana poderá apresentar os dados sobre as avaliações de Tucuruí.
A meta do Governo Federal é chegar a 11,5 mil novas vagas em cursos de medicina em todo o Brasil. Para Tucuruí estavam previstas 50 vagas, sendo que 10% seriam concedidas para estudantes de baixa renda por meio de bolsas de estudo. Em Tucuruí não existe nenhum curso de medicina.
PROGRAMA
A abertura de novos cursos faz parte do Programa Mais Médicos e propõe atendimento à municípios considerados prioritários pelo Governo Federal.
Para a definição dos municípios, além da inexistência de curso de medicina no local, foram exigidos requisitos baseados na proporção de vagas e médicos por habitante, tamanho da população atendida e distância de outro curso de medicina.
Dos 39 municípios escolhidos em setembro, três deixaram de ser selecionados por não atenderem aos critérios de qualidade: Tucuruí, São Leopoldo (RS) e Limeira (SP).
“Seguimos critérios técnicos e que obedecem às mesmas medidas que orientam a abertura de cursos na rede privada”, disse o professor e reitor da Universidade Federal do Ceará, Henry de Holanda Campos, que participou da comissão de análise das propostas.
A comissão analisou ainda o projeto pedagógico de cada curso, o corpo docente, a infraestrutura e o plano de implantação da residência médica.
A análise também descartou o risco de descontinuidade da formação médica. O ministro da Educação, Renato Janine, lembrou que, com os números anunciados ontem, o governo totaliza a abertura de cerca de 7,6 mil vagas de medicina até 2016 – 5.306 já haviam sido autorizadas pela pasta em instituições públicas e particulares.
Dos 36 municípios escolhidos, 13 ficam no Estado de São Paulo, seis na Bahia, quatro em Minas Gerais, quatro no Paraná, três no Rio Grande do Sul, dois no Rio de Janeiro, um no Espírito Santo, um em Pernambuco, um em Rondônia e um em Santa Catarina.
(Diário do Pará)