Trabalhadores rurais do Pará se reuniram nesta quarta-feira (20), na sede do Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra), em Belém, para cobrar projetos de agricultura familiar no estado e de reforma agrária. O encontro ocorreu dentro da mobilização “Grito da Terra Pará”, que acontece paralelo à 21º edição do “Grito da Terra Brasil”, promovido em todo o país pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
O evento, que iniciou na segunda-feira (18), segue até esta sexta-feira (22) em mais de 15 estados do país. No Pará, o “Grito da Terra” é coordenado pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri-PA), sindicatos de trabalhadores e agricultores familiares rurais, além de associações e cooperativas.
Os agricultores querem negociar cos representantes da Eletronorte, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, para reivindicar celeridade de alguns projetos. Entre eles, a implementação do Programa “Minha Casa, Minha Vida” e a universalização do programa “Luz para Todos” nos assentamentos de reforma agrária no estado.
“Nós entendemos que é preciso mais investimentos do governo federal para as políticas dentro dos assentamentos de reforma agrária . Vamos ter uma audiência com a Rede Celpa e a Eletronorte para cobrar agilidade na aplicação e na ampliação do programa “Luz para Todos”, conta o secretário da Fetagri, Carlos Augusto Silva.
“No aspecto de estrada, em 2014 e 2015 nós avançamos para uma média de 87 milhões de estradas vicinais , que estamos executando. Estamos também com 37 milhões para o ano de 2015 para avançar na melhoria do escoamento da produção”, diz o supervisor do Incra, Nazareno Santos.
Sudeste do estado
O evento no Pará teve início desde a última segunda-feira (18) com a mobilização de cerca de mil trabalhadores e trabalhadoras rurais no município de Altamira, sudeste do estado. Os manifestantes bloquearam o quilômetro 27 da Transamazônica (BR-320) na entrada do canteiro de obra da usina hidrelétrica Belo Monte. Na ocasião, Leidiane Brosdosqui Machado, 27 anos, e Daniel da Silva Vila Nova, 41 anos, que participavam do movimento, foram atropelados e mortos por um motorista que furou o bloqueio humano na estrada, deixando também várias pessoas feridas, inclusive uma criança. O condutor do veículo continua foragido.
Fonte : G1