Adilson Azevedo foi vítima de acidente de trânsito em 2018. Quase perdeu a perna esquerda e precisou se submeter a duas cirurgias. No total, foram 28 dias de internação no Hospital Geral de Parauapebas (HGP), dos quais 17 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Após ter alta médica e já cansado do ambiente hospitalar, veio o alívio: Adilson passou a ter atendimento médico em casa, tornando-se mais um paciente beneficiado pelo Programa Melhor em Casa (SAD) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
“Ser atendido em casa é bem melhor do que no hospital. Aqui a gente tem outro ambiente. Estou com minha esposa, meus amigos podem me visitar porque no hospital é tudo restrito”, descreve Adilson.
Em Parauapebas, o Programa Melhor em Casa foi implantado em 2016 e proporciona ao paciente todos os serviços oferecidos no hospital, com a vantagem do conforto de estar em casa. O serviço conta com atendimento 24 horas e é feito por duas equipes.
Ao todo, 20 profissionais da saúde participam diretamente para melhor atender os 86 pacientes atualmente beneficiados pelo programa, com visitas diárias, dependendo da necessidade de cada enfermidade. As equipes chegam a realizar 4,9 mil procedimentos por mês.
Os profissionais que atuam no programa explicam que o principal objetivo do “Melhor em Casa” é a desospitalização, modelo que tem sido debatido pelos governos e profissionais de saúde desde o final da década de 90, mas que somente nos últimos anos tem se transformado em tendência mundial devido às vantagens que oferece, como a maior oferta de leitos nos hospitais e, principalmente, a humanização no tratamento dos pacientes.
“E dentro dessa desospitalização a gente faz um trabalho no intuito de fazer o melhor para o nosso paciente. Estamos aqui para atender a população que necessita desse trabalho em casa, evitando assim infecções hospitalares e outros problemas, até mesmo psicológicos’’, diz o enfermeiro Silas Diniz, responsável por uma das equipes de atendimento.
Texto: Cris Coutinho
Fotos: Irisvelton Silva