Uma notícia nada boa para Parauapebas, município com o maior saldo da Balança Comercial brasileira em 2014, e cujo o minério de ferro é o carro chefe: o minério de ferro pode atingir um patamar inferior a US$ 40 por tonelada métrica neste ano, em meio a um cenário de aumento da oferta de baixo custo e de diminuição da demanda da China.
A declaração foi feita ontem (5) por Andy Xie, ex-economista-chefe para a região Ásia-Pacífico do Morgan Stanley, que previu o colapso desde o pico da commodity, em 2011.
Segundo informações, o custo médio da Vale para o minério de ferro produzido em Carajás é de US$38,00 (trinta e oito dólares) embarcado. O valor especulado pelo economista chinês chega muito próximo do custo Carajás, fato que, se vier acontecer, pode provocar a paralisação das operações da Vale com o minério de ferro em Carajás.
O minério de ferro caiu 47% em 2014 e permanece em queda neste ano. O minério com teor de 62% de ferro, entregue no porto de Qingdao, na China, atingiu um pico de US$ 191,70 a tonelada em fevereiro de 2011.Ontem (05), esse mesmo minério fechou cotado a US$ 61,64 por tonelada, de acordo com os dados da Metal Bulletin.