A declaração do Imposto de Renda de pessoa física 2015, com base no ano passado, encerra às 23h59 de amanhã, 30, prazo que não será prorrogado.
No Pará, aproximadamente 619.170 pessoas têm que declarar o IR, sendo que até ontem, 404.241 contribuintes haviam acertardo as pendências com o leão. Isso significa que quase metade do total previsto poderá cair na malha fina. Os especialistas alertam: não declarar pode trazer complicações a serem corrigidas apenas ao longo do ano ou em 2016.
MULTA
A primeira implicação para quem deixar de declarar é a multa mínima de R$165,74, acrescida de taxas de juros, e limitada a 20% das deduções devidas. Mas, o cálculo do valor da pena leva em consideração o tempo de atraso, por isso, é imprescindível a regularização o mais rápido possível. “A data iniciou no dia 2 de março e mesmo assim, ainda tem muitas pessoas que deixaram para cima da hora. Porém, ao não declarar, o indivíduo não poderá concorrer a cargos públicos, além de ter problemas nos bancos e não ficar bem visto no mercado em geral”, explicou a contadora Fernanda Gama.
Se não for feita a declaração, o CPF poderá ficar irregular e, dependendo do caso e tempo de irregularidade, pode vir a ser cancelado. Com o bloqueio, o contribuinte poderá encontrar complicações para abrir contas bancárias, pedir empréstimos, participar de concursos públicos, tirar passaporte, receber aposentadoria, assinar financiamento imobiliário ou mesmo para receber qualquer prêmio da loteria federal.
CUIDADOS
Ao longo de 2014, quem teve gastos com educação e saúde, também deve ficar atento na hora de preencher o formulário. As mensalidades das instituições de ensino e de planos de saúde entram nas deduções, contudo, o governo impõe limites no valor a ser restituído dos estudos.
“Com o pagamento de cursos e escola para dependentes, ou até mesmo para graduação e pós-graduação da própria pessoa, o limite máximo a ser declarado é de R$3.375,83. O importante é que tudo esteja bem documentado, para comprovar cada despesa e não ter informações desencontradas e, assim, não cair na malha fina”, alertou Fernanda.
(Diário do Pará)