Com intuito de combater a tuberculose no Brasil, o Ministério da Saúde lançou, ontem (29), o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose. De acordo com dados divulgados pelo órgão, em 2016, foram registrados 69,5 mil casos novos da doença no Brasil. Segundo dados informados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Pará registra uma média de 3.200 casos novos por ano. A taxa de cura no Estado é 73,1%, abandono de tratamento é 8,9% e mortalidade de 2,4% por cada 100 mil habitantes.
No ranking nacional, o Pará é o sétimo colocado em incidência no país e o líder da região Norte em número de casos confirmados e, até 2015, ocupava o quinto lugar na classificação. Ananindeua, Belém, Castanhal e Marabá são municípios prioritários de combate à doença, dentre as 181 do país.
Só em Belém, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), a taxa de incidência tem decrescido gradualmente nos últimos anos: no ano de 2016 foram notificados 1.282 novos casos da doença na capital paraense, 86 casos a menos do que o notificado no ano anterior. O diagnóstico e tratamento da doença está implantado no município de Belém em 24 Unidades municipais de saúde, 54 unidades saúde da família e na Casa Dia.
No que se refere ao combate da doença no Pará, a Sespa capacita profissionais e presta assessoria técnica aos municípios, que por sua vez são responsáveis pela execução das ações no corpo a corpo com a população. Já a Atenção Básica tem objetivo de consolidar as ações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, oferecendo o tratamento nas unidades de saúde, incluindo a estratégia do Programa Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
De acordo com a especialista em Saúde da Família, Raquel Xavier de Souza Saito, a tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa pelo ar, quando o doente fala, tosse ou espirra, por meio da saliva. “Dentre os principais sintomas da doença estão: tosse, com ou sem catarro, febre baixa, geralmente à tarde, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço, dor no peito e hemoptise (sangramento das vias respiratórias). Nas formas de tuberculose fora do pulmão (extrapulmonares), podem ocorrer fraqueza, emagrecimento, febre e sintomas relacionados com o órgão atingido”, explica.