Foi para encontrar a solução para os problemas que já perduram há pelo menos 12 anos (em cujo período, ainda segundo ele, não foi implantado infraestrutura adequada para aquelas comunidades e o que tem é irregular e provisório) que os moradores do Complexo do Bairros VS 10 pediram a realização de uma sessão itinerante naquele logradouro; além disto que a Câmara faça intermediação de uma reunião entre o Executivo e o Incra, com o objetivo de avançar na discussão da regularização da área.
Requerimento apresentado na Câmara Municipal de Parauapebas solicitou a realização de uma sessão itinerante naquela comunidade no dia 14 de setembro, às 15 horas, para ouvir a população daquele complexo de bairros.
Manifestação – Quem falou com nossa equipe de reportagens foi Benedito Nazareno, representante dos Moradores do Bairro Morada Nova; no momento em que os moradores do Complexo de Bairros VS 10 estiveram na Câmara Municipal e durante a sessão se manifestaram de forma pacífica pedindo o apoio daquele parlamento para resolver o problema daquelas comunidades que, segundo eles, padecem pela fala de serviços públicos, já que todos os bairros estão irregulares não podendo assim serem assistidos pelo poder público. “O retorno à Câmara em mais uma sessão se deu pela falta de respostas. Até conversamos com alguns vereadores, mas não obtivemos resposta concreta, por isto voltamos hoje para reivindicar e sair daqui com uma resposta”, disse Benedito Nazareno.
Situação da área – Entre as deficiências estruturais estão os anexos escolares em prédios alugados e sem a devida qualidade para os estudantes, ruas não pavimentadas etc.
Mas, o maior agravante é o fato de ser área destinada para fins de reforma agrária, e a justiça pode anular o loteamento. Por outro lado, por ter si gerado contratos irregulares, os moradores podem parar de pagar as parcelas; porém já temendo as citadas perdas, o dono do loteamento Califórnia, foi ao local com máquinas na intenção de derrubar casas de inadimplentes, ato impedido pelo Poder Judiciário.
Diante destas situações o governo municipal não pode fazer nenhuma obra pública naquela área, pois continua sendo perímetro rural.
Além da irregularidade no loteamento da área, os moradores denunciam juros abusivos e reajustes que disparam os preços dos terrenos. Outra grande perda para os moradores é que não podem acessar nenhum investimento ou empréstimo do governo federal para, por exemplo, executar obras nos terrenos de construção nem de reforma das moradias.