Trabalhadores da Vale continuam em estado de greve
A reunião ocorreu ontem, quarta-feira, as 10 horas, quando se teve a confirmação que nenhum dos pontos da pauta dos trabalhadores seriam atendidos, o que motivou, segundo o presidente do Metabase Carajás, Raimundo Amorim, o popular “Macarrão”, a manutenção do estado de greve podendo parar todas as minas da Vale na região a qualquer momento.
Macarrão conta ainda que viu na sede da mineradora, no Rio de Janeiro, manifestações diversas, entre elas dos atingidos pela mineração que acamparam na porta da sede da Vale para pedir atendimento de suas pautas. Outro grupo que também está preocupado, e já se reuniu na sede da empresa, é dos acionistas da Vale que já pressionam a mineradora por causa da queda no valor das ações.
Nenhuma das reivindicações constantes na carta de encaminhamento protocolada pelo Sindicato Metabase Carajás na administração da Vale no Rio de Janeiro, foram atendidas. A carta foi entregue para a diretoria de recursos humanos da mineradora que ficou de examinar e marcou outra reunião na diretoria regional, em Carajás.
Na carta protocolada na sexta-feira, 17, na sede da Vale no Rio de Janeiro, o sindicato Metabase Carajás pedia:
1 – A imediata suspensão de quaisquer processos de desligamentos dos trabalhadores;
2 – A readmissão de todos os empregados desligados neste ano;
3 – A apresentação de nova proposta para a renovação do acordo específico que garanta manutenção e a evolução dos benefícios atuais;
4 – A solução imediata dos problemas de deslocamentos e tempo de permanência dos trabalhadores para o registro de pontos.
Macarrão contou que a contraproposta da Vale não atende aos anseios da categoria e assegurou que não abrirá mão destes pontos. Na contraproposta da mineradora ela sugere um reajuste de 5% para compensar o corte dos 14º e 15º salários, percentual que ele diz não compensar a perda; dos trabalhadores de alto escalão que moram de aluguel foi cortada a ajuda de custos que consistia no pagamento da locação de imóveis para estes morar, em compensação foi proposto um reajuste de 2,5% no salário, mas Macarrão diz que este percentual também não cobre o valor do aluguel. Sobre o problema de deslocamentos e tempo de permanência dos trabalhadores para o registro de pontos a Vale propôs a redução na jornada de trabalho em tempo igual ao gasto para o registro do ponto; coisa que Macarrão diz não acreditar. “O corte destes benefícios bem como as demissões atinge toda a região que já sente a crise. Cabe à Vale achar caminhos para afetar menos quem não tem nada com o problema internacional que ela enfrenta”, diz Macarrão, ele conta que a situação da Vale não é como divulgada pela sua presidência que noticia coisas boas, mas sim como é sentida pelo trabalhador, o que ele qualifica como “massacre”.
Da redação Noticias de Parauapebas – Francesco Costa
2 Comentários
O Sindidicato Metabase tem que lutar até as ultimas consequências, pelos direitos dos trabalhadores. Parabéns Metabase Carajás!!!
Eee Parabens Sindicato Metabase e principalmente o Pelego do Macarrão por ter vendido nossos direitos Decimo Quarto e Quinto, e pode se preparar que o estrago vai ser ainda maior, já se comenta plano AMS pela carniça do Bradesco Cartao Alaimentação corte pela Metade reajuste de Zero por cento é realmente parabens pro sindicato patronal… Acoooorrrda ooooo…