O programa Retoma Pará foi discutido durante reunião, na noite da última terça-feira (16), por representantes do governo do Estado e pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e da Universidade Federal do Pará (UFPA). O encontro foi para fazer uma avaliação do modelo de bandeiramento nas oito regiões de regulação que as autoridades estaduais monitoram durante a pandemia do novo coronavírus.
Esse foi o primeiro debate avaliativo após o início da retomada gradual das atividades econômicas em algumas regiões do Estado, anunciada no dia 1° de junho. Analisado semanalmente, a primeira etapa do Retoma Pará foi avaliada positivamente pelas autoridades que estudam e acompanham o programa, mas com ressalva sobre a importância de a população continuar fazendo a sua parte.
“A avaliação nos traz a percepção de como está a evolução na matriz que leva em conta a curva de contágio e a capacidade do sistema de saúde, pois a melhora nestes indicadores é o que nos sinaliza sobre a maior ou menor flexibilização das atividades econômicas. Importante ressaltar que esta flexibilização se dá de forma gradativa e responsável, levando em conta a aplicação dos protocolos comportamentais. A população precisa estar ciente e evitar aglomerações, pois somente assim iremos reduzir os novos casos” – Adler Silveira, titular da Sedeme.
A decisão para a reabertura gradual foi pautada em três pilares: economia, saúde e protocolos. Na saúde, foram avaliadas a evolução da doença, o crescimento dos casos e impacto em grupos de riscos. Também foi levada em conta a capacidade do sistema de saúde, com disponibilidade de leitos e testagem e monitoramento da transmissão da Covid-19. Foram considerados ainda protocolos e vulnerabilidade econômica, engajamento do cidadão e abordagem regional, definindo por regiões as medidas de retomada.
O Retoma Pará é desenvolvido por um capacitado e importante grupo de trabalho, comandado pela Sedeme, mas que também conta com profissionais da área de saúde. A comissão é composta ainda pela Prodepa, que faz um banco de dados necessário para a definição do bandeiramento, com os pesquisadores da Ufra e UFPA, no acompanhamento do modelo epidemiológico, com o respaldo jurídico da Procuradoria Geral do Estado, além da área de segurança, com a Segup na operacionalidade dos protocolos.