Além das interrupções, atividade pode representar risco à vida. Orientação é que atividade seja feita em campos abertos, longe de fiações.
Cerca de 200 ocorrências de interrupção no fornecimento de energia elétrica ocasionadas por pipas já foram registrados na primeira quinzena de junho no Pará. A Concessionária de Energia (Celpa) alerta que, além de provocar as interrupções, a atividade pode representar risco à vida da população.
Dados da Celpa mostram que, nos meses de janeiro, junho e julho de 2014, períodos de férias escolares, o número chegou a 3.372 interrupções. O resultado foram milhares de pessoas sem energia por causa das pipas.
Para evitar acidentes, a orientação é que as pessoas empinem as pipas em campos abertos, com boa visibilidade e longe de fiação elétrica. “Quando a pipa engata na rede elétrica, o ideal é que a pessoa não puxe a linha insistentemente para soltá-la. O contato de um cabo com outro pode causar curto-circuito, provocando ainda uma descarga elétrica e levar a pessoa à morte. Barras de ferro, trilhos de cortina, pedaços de madeira e outros materiais que são condutores de eletricidade, também jamais devem ser usados para retirar as pipas dos fios”, explica o gerente da área de segurança da Celpa, Ivan Aragão.
A concessionária ressalta que o cerol (mistura de cola com vidro moído, em alguns casos até com pó de ferro) é ilegal, mas que ainda assim é usado para dar maior força de corte à linha. A linha da pipa com cerol, ao entrar em contato com a fiação elétrica, também pode provocar um curto-circuito.