De 2018 para 2022, a participação de pessoas de 18 a 30 anos, como empreendedores, subiu mais de 14%. Os dados são do registro mercantil da Junta Comercial do Pará (Jucepa). Em 2018, 24,41% dos negócios tinham jovens no quadro societário; em 2022, essa participação pulou para 39,16%.
A Jucepa avalia que os desafios impostos pela crise econômica aliados à vontade de conquistar a autonomia financeira, têm impulsionado o crescimento do empreendedorismo, entre o público jovem no território paraense
Aos 27 anos, Sérgio Alcântara é formado em Administração e tem pós-graduação em Produção Publicitária, e enfrenta os desafios profissionais desde os estágios em cargos administrativos em empresas. Após, ele resolveu prestar consultoria empresarial e começou o primeiro negócio. As oportunidades foram aparecendo e, hoje, Sérgio atua ao lado de dois sócios no segmento de box de crossfit, em tradução livre ‘local dos treinos’. Ele também tem atividades com lanchonete e marketing digital, essa última é a sua atividade principal.
“Os desafios de se manter no mercado são enormes, é preciso estar diariamente alinhando processos e trazendo novidades. Investir em formas de comunicar isso a seus consumidores ajuda a alcançar a estabilidade dos empreendimentos”, opina Sérgio Alcântara.
De acordo com os dados da Jucepa, no Pará, mais de 93 mil empresas são comandadas por jovens. Eles estão abrindo negócios próprios ou têm empresa com até três anos e meio de funcionamento.
“O jovem paraense vê muitas alternativas, é criativo, e ao gerir o próprio negócio, cresce junto com ele. E empreendem observando as oportunidades do mercado, atendendo demandas sociais e movimentando a economia. Este resultado também mostra o resultado dos investimentos do Estado na nossa economia”, destaca Cilene Sabino, presidente da Jucepa.
Os setores econômicos com predomínio do público jovem no comando são diversos, como o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, promoção de vendas, cabeleireiros, manicure e pedicure, restaurantes e similares, comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns, comércio varejista de bebidas, lanchonetes, casas de chá, sucos, entre outros.
Entre os municípios, destaque para Belém, com 24.258 negócios, seguido por Ananindeua, com 8.709; Santarém, com 5.041; Marabá, com 4.512; e Parauapebas, com 4.466.