O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, na segunda-feira, 5, uma análise das estatísticas de homicídios em 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Os números são referentes a 2017 e compõe o “Atlas da Violência – Retrato dos Municípios Brasileiros 2019”, elaborado em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados mostram aumento de mortes violentas nas regiões Norte e Nordeste.
No Norte, os casos se concentraram no sudeste do Acre; no norte do Amazonas, Roraima e Acre; e no centro-sul do Pará, onde as maiores taxas de homicídios se concentram no município de Altamira com 133,7 mortes por 100 mil habitantes. O Sudeste Paraense apresentou dois dos cinco municípios com taxa maior que 100,0: Curionópolis (126,7) e Canaã dos Carajás (114,9). Esses municípios fazem limite entre si e também com outros que apresentam altas taxas estimadas de homicídios.
Com isso, Altamira, é o segundo município brasileiro com mais mortes por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de Maracanaú, no Ceará, onde a taxa era de 145,7 homicídios por 100 mil habitantes.
Segundo o Ipea, Altamira forma “um cluster de territórios com alta prevalência de violência letal, onde as taxas estimadas de homicídios situaram-se sempre acima de 56 homicídios estimados por 100.000 habitantes”.
A mesorregião Metropolitana de Belém teve a maior taxa em Benevides (106,6) e, ao seu redor, apresentou uma quantidade significativa de municípios com uma taxa superior a 70 homicídios por 100.000 estimados.
No relatório, o Ipea explica que o conceito de taxa de homicídio estimada por 100 mil habitantes para cada município, utilizado neste trabalho, considera o número de óbitos por agressão mais o número de óbitos ocasionados por intervenção legal mais o número de homicídios ocultos – ou o número de óbitos classificados como MVCIs (Morte Violenta com Causa Indeterminada).
Fonte: O Liberal