Construção de Ramal Ferroviário é paralisado por assentados
As cerca de 30 famílias que moram na comunidade Boa Esperança, no Cedere I, paralisaram desde ontem, 24, as obras de construção do REFC (Ramal da Estrada de Ferro Carajás). A vice-presidente da Associação dos Moradores do PA Boa Esperança, Maria Adalgisa dos Santos, relata que o motivo se deu por causa do não cumprimento de acordos feito entre a Vale e os assentados que é o pagamento de pelo menos R$ 1 milhão para compensar os prejuízos causados às suas plantações com a abertura do espaço para a construção do ramal. Ela conta que o pagamento deveria ter sido feito no dia 28 de fevereiro, prazo prolongado para o dia 20 de março e de novo adiado para ontem, 23 de abril, prazo que mais uma vez não foi cumprido. “Diante de todo esse impasse, paramos as obras de construção do Ramal ontem pela manhã e permanecemos no local à espera da resposta da mineradora”, diz Adalgiza.
A moradora admite que o valor negociado não compensa diante do que os trabalhadores rurais tinha plantado na área, e cita o valor de apenas R$ 2 que a mineradora para por um pé de maracujá. Nossa equipe de reportagem esteve no local onde é visível as marcas de destruição com sítios destruídos e arvores frutíferas arrancadas.
No local se vê trabalhadores e máquinas parados e até o momento em que nossa equipe de reportagem esteve no local a empresa não havia ido ao local para negociar.
Texto e Fotos: Magda Abreu