A falta de chips no mercado contribuiu para o maior crescimento do setor de carros usados e seminovos, que costuma permanecer entre 3% e 4% ao ano. Segundo informações divulgadas pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), o segmento cresceu 17,8% em 2021 com a comercialização de 15,1 milhões de unidades. Na prática, este aumento da procura resultou em um impacto no preço, fazendo com que a alta superasse a dos novos. Desta maneira, para adquirir um veículo, o brasileiro muitas vezes teve que recorrer ao financiamento.
“O financiamento do carro nada mais é do que um crédito concedido por instituições financeiras públicas e privadas para a compra de um veículo novo, seminovo e usado. No entanto, muitas pessoas não fazem ideia de como financiar esse valor e o sonho de conseguir atingir sua independência no ir e vir se torna distante ou até mesmo pode ser motivo de endividamento”, diz Daniel Abbud, fundador e CEO da Dryve, plataforma digital que por meio da sua rede exclusiva de agentes autorizados oferece produtos e soluções automotivas ao cliente final.
Pensando em auxiliar aqueles que pretendem recorrer a um financiamento para adquirir um automóvel, o executivo separou as principais dicas para facilitar esse processo. Confira abaixo:
1. Quite as dívidas
Do ponto de vista financeiro, antes de investir em uma grande compra, o ideal é estar com as finanças em dia, já que estar com o nome limpo faz com que as instituições financeiras confiem mais no momento de fechar negócios com você. Portanto, quitar as dívidas a fim de evitar registros em locais como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou o Serasa.
2. Verifique o seu score
O score é uma pontuação promovida pelo mercado financeiro para avaliar o nível de confiabilidade dos consumidores com base em fatores como pagamento em dia de boletos, renda, quitação de empréstimos e afins. Essa avaliação pode chegar a 1.000 pontos e quanto mais alta for, mais as instituições tendem a confiar. A verdade é que a maioria dos atrasos ou faltas de pagamento ocorrem pela perda da renda, mas é difícil conseguir um empréstimo com uma baixa pontuação. Por isso, é indicada a verificação do score, que pode ser consultada diretamente no site, clicando aqui.
3. Comprovação de renda
No final das contas, os bancos confiam em quem tem condições de arcar com os pagamentos de todas as parcelas mensais do financiamento. Portanto, as chances aumentam quando se tem uma boa renda, mas de maneira comprovada.
4. Preocupe-se com uma boa entrada
Uma boa entrada é vantajosa em diferentes aspectos. De primeira, o valor do empréstimo diminui, o que cresce as chances de ser aprovado. Já ao conquistar a aprovação, as parcelas restantes acabam ficando menores e, por fim, o financiamento pode ser quitado em um menor período de tempo. Neste caso, o ideal é que pelo menos de 30% a 50% do valor do carro seja pago como entrada.
5. Negocie! Por que não?
Lembre-se que sempre é possível negociar o valor do automóvel. Como boa parte das concessionárias e revendas de automóveis imprimem uma margem de lucro no valor da compra, acaba tendo uma maior abertura para negociações. Inclusive, uma ótima sugestão para conseguir um desconto é fechar a venda nos últimos dias do mês, visto que os vendedores têm metas a cumprir em um curto prazo, o que os torna mais abertos a negociar. Em casos positivos, o investimento na aquisição irá diminuir.
6. Mantenha-se atento aos juros
Estar atento às taxas de juros do mercado, ajuda a definir o melhor momento para procurar um financiamento. Aqui, é interessante avaliar o CDC e o leasing, que são dois dos mais populares formatos para financiar carros no Brasil, sendo que eles são realizados com base na taxa selic, índice controlado pelo Banco Central. Ou seja, tratam-se de valores que variam conforme o desempenho da economia e podem apresentar variações ao longo do ano.