Alunos das escola Nelson Mandela e Cora Coralina serão remanejados
A Secretaria Municipal de Parauapebas tem irá transferir os estudantes das escolas municipais Nelson Mandela e Cora Coralina para outros prédios e parar as atividades das duas unidades. As duas escolas que funcionam no mesmo local foram interditadas por falta de estrutura. A Prefeitura de Parauapebas informou que vai realizar reformas nas escolas.
A Secretaria Municipal de Educação assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) se comprometendo a remanejar os alunos e encerrar as atividades das duas escolas sem que os estudantes sejam prejudicados. Caso as melhorias não ocorram, a secretária de Educação Juliana de Souza Santos deverá pagar uma multa diária de R$ 1 mil. No documento, a secretária se comprometeu a apresentar um cronograma para a construção de novas escolas ou reformar o prédio onde as unidades estão funcionando em 30 dias.
Denúncia
Os pais dos alunos denunciaram o caso ao Ministério Público Estadual (MPE), que constatou as irregularidades na última quarta-feira (17), quando uma vistoria foi realizada nas duas escolas. Os colégios Nelson Mandela e Cora Coralina, localizados no bairro do Ipiranga, funcionam há cerca de um ano e meio no mesmo prédio. Nas escolas, estudam mais de mil alunos.
O Ministério Público do Pará, por meio do promotor de Justiça Eduardo Falesi, moveu um Termo de Ajustamento de Conduta para que as unidades escolares tenham melhores condições. “Foram detectados inúmeros e alarmantes problemas que fizeram com que nós instaurássemos um procedimento administrativo para sanar essas irregularidades”, disse o promotor.
De acordo com a perícia feita pelo MPE, o prédio possui a fiação elétrica exposta, banheiros sem portas, torneiras quebradas e ventiladores com defeito. O prédio também não comporta a quantidade de alunos matriculados, algumas turmas precisam dividir a sala de aula, e as aulas de educação física são na própria sala, pois não existe quadra na escola.
Antônio tem dois filhos que estudam na escola Cora Coralina e diz estar preocupado com o futuro dos estudantes. “Vai mudar totalmente a nossa rotina, vão botar as crianças para outro colégio, não sei nem onde vai ser. A gente espera que fique aqui, o promotor fechou a escola, que ele volte atrás, veja melhorias, mas que não feche a escola”, diz.
Calor, poeira e merenda no chão
O município se comprometeu a encerrar o ano letivo nos dias 24 de junho, com o objetivo de interditar todas as atividades e remanejar os alunos para outros colégios. O projeto de reforma para as novas escolas deverá ser feito em 30 dias.
Dentre as irregularidades encontradas estão salas conjugadas que dificultavam o ensino e o aprendizado, alguns ambientes sem portas e janelas, com salas abafadas, ar-condicionados e ventiladores com defeito e totalmente empoeirados, o que provocava o aumento do calor, incomodando tanto os alunos quanto os professores. Uma criança foi encontrada passando mal, devido ao calor excessivo.
Durante a vistoria, também foi descoberto que as escolas não tinham permissão para funcionarem, mas mesmo assim realizavam as suas atividades há um ano e meio. Além disso, os prédios estavam sem identificação na fachada e, devido à falta de refeitório, os alunos se alimentavam sentados no chão.
Com informações : G1