A engenheira agrônoma Gabriela Cunha, fiscal estadual agropecuária, representou a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) em um treinamento para 23 servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do Suriname (LVV). A programação ocorreu entre os dias 21 e 30 de outubro, em Paramaribo, quando os participantes receberam o certificado de conclusão da capacitação para controle e erradicação da mosca da carambola.
Os diplomas foram entregues pelo embaixador do Brasil no Suriname, Laudemar Aguiar, e pelo titular do LVV, ministro Rabin Parmessar. O treinamento é parte integrante do projeto de cooperação técnica bilaterial Brasil-Suriname, que tem a coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE-Itamaraty).
A delegação brasileira, que teve ainda representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Amapá, contou com seis técnicos especializados nas áreas de biologia e ecologia, bioecologia e controle da praga, controle, monitoramento e métodos de erradicação, gestão do Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola (PNEMC) e Educação Fitossanitária.
Gabriela explanou sobre as experiências da Gerência de Educação Sanitária da Adepará no combate à praga, além de falar a respeito do plano emergencial das ações fitossanitárias do PNEMC e aplicação da metodologia Soma aos participantes (cujo foco é o indivíduo, seu tempo particular de assimilação e compreensão do conteúdo).
Ao todo, o treinamento teve carga horária de 64 horas, distribuídas em aulas teóricas e práticas, na escola e no campo. “O embaixador do Brasil no Suriname, Laudemar Aguiar, e o ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca no Suriname, Rabin Parmessar, reconheceram a importância do curso para o fortalecimento da fruticultura do país. Também falaram do apoio fornecido pelos ensinamentos obtidos, para erradicar a praga”, informou Gabriela Cunha.
O que é a mosca da carambola?
O inseto foi detectado no Brasil pela primeira vez em 1996 e é originário de países como a Indonésia, Malásia e Tailândia. Mede cerca de 8mm de comprimento e, dentre suas principais características, estão a cor escura na parte superior do tórax e e as listras pretas em formato de “T”, no abdômen amarelo. Seu nome científico é Bactrocera carambolae e pode ser encontrada em 37 hospedeiros, dentre eles, além da carambola, o caju, a goiaba, a laranja, o limão e o tomate.