O governo de Locana, uma cidadezinha no norte da Itália com pouco mais de 1500 habitantes, está disposta a pagar dez mil dólares para quem aceitar se mudar para lá. Esta é uma tentativa das autoridades locais para resolver a crise habitacional que a cidade vem enfrentando, já que grande parte da sua população se mudou para outros centros à procura de emprego nas grandes fábricas de Turim.
A oportunidade, porém, tem alguns pré-requisitos: pagar até US$ 10.200, durante três anos, para famílias com filhos e salário comprovado de, pelo menos, 6,8 mil dólares por ano (cerca de R$ 25,7 mil).
A intenção é atrair jovens que desejem morar em meio aos picos nevados e começar uma família, com profissões que fomentem novos negócios na região.
Em entrevista ao veículo CNN Travel, Giovanni Bruno Mattiet, prefeito da pequena vila de Locana, no Piemonte, na fronteira com a França e Suíça, e idealizador da oferta, disse que Locana chegou a ter sete mil moradores, na década de 1990. Hoje, no entanto, tem média de 10 nascimentos para 40 falecimentos, por ano.
Esta não é o único povoado que precisa desse incentivo do governo. Em Sambuca di Sicilia, no sul da Itália, imóveis estão sendo vendidos por apenas 1 euro, como forma de aumentar a população e estimular o turismo. A ideia é que os novos moradores residam no local por três anos e, após esse tempo, renovem o contrato.
Para revitalizar a população de Borgomezzalle, também na Itália, que foi reduzida a apenas 320 habitantes, o prefeito Alberto Preioni está vendendo casas por apenas 1 euro aos recém-chegados, além de oferecer 1000 euros para cada recém-nascido e outros 2.000 euros para qualquer pessoa que queira iniciar um negócio na cidade.
No entanto, se você tem interesse em embarcar nessa aventura, é importante ficar atento e pesquisar bastante antes de ir, pois algumas propostas podem não ser reais. Bormida, na região da Liguria, próximo à França, rescindiu sua oferta de pagamento. O prefeito admitiu que só estava tentando chamar a atenção.
Montieri, na Toscana, anunciou inicialmente casas de 1 euro, mas depois as colocou no mercado por preços a partir de 20.000 euros.