Como forma de fugir da crise, Antônio Carlos deu uma de empreeendedor e decidiu apostar em uma nova forma de transporte: a Uber Bike. O serviço nasceu em julho desse ano, mas tem ganhado força e caiu no conhecimento do público depois que internautas publicaram e compartilharam fotos nas redes sociais.
“Pra mim, o desemprego não tem vez, porque quem quer corre atrás”, dispara Antônio que, aos 34 anos, estava desempregado e encontrou no pequeno empreendimento uma alternativa para se manter. O ex-ajudante de pedreiro diz que, no começo, como qualquer outro negócio novo, foi difícil “fazer o nome” nas ruas, mas de esquina em esquina, ele foi criando a própria clientela.
Antônio Carlos mandou fazer uma camisa com o número do celular como forma de divulgar o serviço pelas ruas por onde passa.
Faça chuva ou sol, o “jurunense” faz de 10 a 15 corridas por dia e garante atender os pedidos dos passageiros que, atrasados, apelam para “sentar o pé no pedal”. “Quem mais pede serviço é o pessoal aqui da rua, na maioria das vezes eles chegam com pressa porque estão atrasados. Uma vez tive que deixar uma moça atrás do shopping lá na Doca. Ela tinha que chegar às 11h30. Saímos daqui 11h10 e ela ainda chegou cedo!”.
Os preços do transporte podem variar, mas costumam ser bem acessíveis. Uma corrida até o Ver-o-Peso, por exemplo, pode custar R$ 5. O valor praticado ajuda também a melhorar a principal ferramenta de trabalho: a bicicleta. “Eu precisava também consertar minha bike. Aí acabei unindo o útil ao agradável, já que eu levava o pessoal por um preço bom e podia melhorar o transporte. Até mesmo pra deixar as crianças nas escolas, já que tem pais que pedem pra eu fazer esse serviço também”.
O que o futuro reserva para Antônio? Por enquanto, tudo o que ele quer é continuar fazendo um bom trabalho e ter dinheiro o suficiente para melhorar o veículo. “Por enquanto, eu só quero consegui levar mais duas pessoas ao mesmo tempo na bicicleta, ainda não penso em expandir o negócio”, brinca.