Um tremor de magnitude 3.5 na Escala Richter, registrado às 6h41 de hoje (31) pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), abalou o município de Canaã dos Carajás e deixou trabalhadores da mina de cobre do Sossego, operada pela Vale, de cabelo em pé. Na manhã de hoje, a diretoria da Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem) foi inundada de mensagens de técnicos da empresa e de populares relatando o fato.
Segundo informações repassadas à Associação, no amanhecer alguns objetos começaram a “pular” nas salas. “Foi tudo muito rápido e intenso. Ninguém se feriu no meu setor, mas todos sentiram. Você fica com medo, não tem como. Meu coração quase saiu pela boca”, relatou um trabalhador, que preferiu preservar sua identidade. Logo após o fato, a conversa se espalhou como rastilho de pólvora.
Há informações circulando em grupos de WhatsApp de que o tremor fora de 3.9. Os mais exagerados até baixaram programas de celular e alegam tremor de 4.1, sem contar as histórias mirabolantes. Mas o registro científico oficial, feito pela USP, é de 3.5, evento até capaz de deixar muita gente em polvorosa e suando frio, mas que dificilmente causa danos. Inclusive, não foi registrado qualquer prejuízo à estrutura das minas na região ou a imóveis na área urbana.
Tremores de terra com a magnitude do que fora registrado hoje em Canaã ocorrem, pelo menos, 49 mil vezes em algum lugar do mundo.
NÃO É A PRIMEIRA VEZ
No final do ano passado, outro tremor, de magnitude 3.8 na Escala Richter, abalou a “Terra Prometida” e causou muita repercussão no Pará e no Brasil. Não foram registrados feridos nem danos materiais.
RECEITA DESABALADA
Boatos em Canaã dão conta de que o que está abalando mesmo o município é o desemprego. Só este ano, 4.175 trabalhadores foram demitidos, entre janeiro e julho, uma verdadeira catástrofe social. Enquanto isso, a prefeitura local está muito bem abrigada (e obrigado), contra quaisquer abalos, tendo arrecadado R$ 163,78 milhões de 1º de janeiro até ontem, 30 de agosto. (Fonte Assopem)