85% da produção de ferro da Vale no Pará é feita sem uso de água
Oitenta e cinco por cento da produção de minério de ferro da Vale no Pará já é realizada à umidade natural, ou seja, a seco, sem o uso de água. O processo reduz a quantidade de rejeitos e elimina a necessidade de construção de novas barragens ou de alteamentos. Uma das referências nesse processo é o empreendimento S11D da Vale. Localizado em Canaã dos Carajás, o empreendimento opera totalmente com essa tecnologia. Na mina de ferro de Carajás, em Parauapebas, também quase a totalidade das linhas de beneficiamento já são a seco, além de ser empregada outra tecnologia que reaproveita o rejeito.
A empresa considera ampliar a produção com processamento a seco. A previsão é que até 2024, toda a produção de ferro no Estado seja feito sem água. A ampliação deverá trazer também ganhos ambientais, econômicos e sociais. Além de não gerar rejeito, a tecnologia reduz o consumo geral de água em até 93%. Também favorece o fornecimento de metálicos de baixa emissão de poluentes, permitindo redução significativa da emissão de CO2 na indústria siderúrgica global.
Desde que entrou em operação, a produção do S11D ampliou os valores de arrecadação dos Governos. Nos últimos dois anos (2017 e 2018), as operações da Vale em Canaã, por meio da mina de cobre do Sossego e do S11D já geraram por volta de R$ 753 milhões em arrecadação ao Estado, município e União, considerando cinco principais tributos e a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).
O total pago a título de CFEM aos cofres públicos (União, Estado e Município), fruto das operações da empresa em Canaã, em 2016, foi de R$ 28,7 milhões (referentes a extração do cobre), já em 2018, foram recolhidos R$ 320,7 milhões (referentes a extração do cobre e minério de Ferro), total 11 vezes superior. Já considerando, outro tributo, a taxa de fiscalização da atividade mineral (TFRM) repassado ao Estado que totalizou R$ 1 milhão em 2016 passou para R$ 131 milhões em 2018. |
Chegada do minério no processo a seco na usina |
Processo elimina necessidade de barragens
Até chegar ao produto final, que é comercializado pela Vale, o processo de beneficiamento funciona da seguinte forma: o minério de ferro extraído vai para equipamentos que reduzem o seu tamanho, a chamada britagem. Posteriormente, seguem por etapa, que classifica os minérios por tamanho. Nesse processo, o minério passa por peneiras, onde é feita a separação de acordo com uma especificação padrão do produto. Esta é uma das etapas mais importantes da produção: a classificação por peneiramento.
A diferença no beneficiamento a úmido é que há utilização de água na classificação. O processo gera, então, o chamado rejeito, resíduos ultrafinos de material de menor teor de ferro, que ficam misturados na água e são direcionados à barragem. Essa rota de processamento é utilizada nos minérios que apresentam menor teor de ferro em uma amostra de rocha.
Já o tratamento à umidade natural (a seco), não utiliza água. Esse processo é adotado para os minérios que têm alto teor de ferro numa amostra de rocha, como o de Carajás. Nas usinas, são utilizadas peneiras de classificação de alta aceleração e após a britagem e o peneiramento, o minério já está pronto para ser comercializado. Desta forma, não há geração de rejeitos e assim também não há necessidade de barragem.
Investimento Social Em termos de investimentos sociais em Canaã, foram cerca de R$ 150 milhões aplicados em parceria com a prefeitura na realização 40 obras como reforma e construção de oito escolas, reforma do hospital, construção do Conselho Tutelar, do Centro do Idoso, a reinauguração da Casa da Cultura, com escolas de formação em modalidades artísticas. No Estado, a Vale emprega mais de 27 mil trabalhadores entre empregados próprios e terceiros. Deste total, 4 mil estão nas operações em Canaã. Em 20018, também R$ 800 milhões foram adquiridos de fornecedores locais.
Outra tecnologia reaproveita rejeitos Desde 2013, em Carajás, também é usada tecnologia que reaproveita o rejeito, fazendo o reprocessamento e reduzindo a quantidade de material na barragem do Geladinho. A empresa também aguarda o licenciamento do projeto Gelado anunciado ano passado. Por meio do projeto, será possível reaproveitar o rejeito depositado ao longo dos últimos 30 anos na barragem do Gelado, reduzindo gradativamente a quantidade de rejeitos. A previsão é recuperar 10 milhões de toneladas por ano.
Síntese:
Unidade de mineração de ferro da Vale aumentou em 11 vezes o repasse da CFEM aos Governos e em 130 vezes a Taxa paga ao Estado pela Exploração Mineral (comparados os anos de 2016 com o de 2018)
Confira abaixo alguns outros números gerados com as operações da Vale em Canaã:
Vantagens do processo a seco adotado em minas no Pará
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